A solidariedade social, nas suas componentes de segurança,
protecção social e de integração dos
idosos, dos cidadãos com necessidades especiais e das minorias
étnicas, é uma Área de Intervenção
fundamental para a construção de uma comunidade inclusiva.
As TIC já se comprovaram, em múltiplas aplicações,
como um dos instrumentos de integração social que
poderá acelerar os processos de coesão, derrubando
barreiras na comunicação, no trabalho, na mobilidade
e na participação cívica.
Os factores críticos intrínsecos desta área
prendem-se com a formação específica e continuada
dos técnicos, com a sensibilização generalizada
de toda a comunidade, com a articulação das iniciativas
e entidades, com a racionalização dos processos das
instituições e com a reformulação do
sistema de ajudas técnicas baseadas em TIC.
Assim, perspectiva-se o seguinte conjunto de projectos, bem como
os seguintes indicadores e objectivos para esta Área de Intervenção:
P 6.1 Serviços de Gestão e Administração
da Rede Social
Instalar sistemas de gestão e workflow concebidos com base
numa arquitectura partilhada, garantindo a massa crítica
de operação para a sua efectiva utilidade e ligação
aos utentes.
A instalação, operação e manutenção
destes serviços devem garantir a sustentabilidade técnica
e económica, estimulando-se a participação
do sector privado de segurança social e das seguradoras e
contemplando a disponibilização de serviços
na Internet através de um front-office.
P 6.2 Conteúdos Pedagógicos
Integrar nos processos de aprendizagem das crianças e dos
jovens com necessidades especiais, conteúdos pedagógicos
baseados nas TIC, especialmente concebidos para responder às
especificidades destes utilizadores.
Contemplam-se conteúdos para programas de orientação
e mobilidade (orientação no espaço, adopção
das convenções, associação de conceitos
e mapeamento do conhecimento cultural com a informação
cognitiva), programas de aprendizagem de tarefas do quotidiano (deslocação
na casa, deslocação na rua, vestir, comer, comunicar,
etc.) e ainda programas adequados à integração
no mercado de trabalho.
P 6.3 Centros de Serviços de Teletrabalho
Instalar plataformas para tele-trabalhadores, a integrar nos Centros
de Teletrabalho, devidamente equipadas e adaptadas às especificidades
dos trabalhadores com necessidades especiais.
Perspectiva-se a operação de call-centers e de serviços
de atendimento, bem como serviços de webdesign e de desenvolvimento
de software, como potenciais tipos de teletrabalho para pessoas
com necessidades especiais.
P 6.4 Viver em Segurança
Instalar nas residências de grupos de idosos e de pessoas
com necessidades especiais, sistemas baseados em TIC que lhes permitam
um maior grau de autonomia e de independência através
de serviços de segurança, resposta a emergências,
telepresença, comunicação interpessoal, aconselhamento
remoto, treino remoto de facilidades vitais para a comunicação
e operação remota de equipamentos, entre outros.
Estes serviços devem ser concebidos com objectiva utilidade,
garantindo a máxima eficiência operacional dos recursos.
Por isso, especial atenção deve ser dada à
sua exploração e manutenção avaliando
e confirmando a capacidade de resposta técnica e orçamental
das instituições.
P 6.5 Inclusão Social na SI
Instalar equipamentos e serviços dentro das instituições
e articular os agentes para a utilização conjunta
dos meios existentes nos CPAS, escolas, associações
culturais, desportivas e recreativas.
Perspectiva-se a criação de condições
de inclusão e participação dos idosos, das
comunidades étnicas, das mulheres e dos jovens em risco e
de outros grupos socialmente desfavorecidos, desenvolvendo e conjugando
acções de sensibilização e formação
e criando facilidades especiais de acessibilidade às TIC
dentro e fora das instituições. Promover, utilizando
as TIC, serviços de voluntariado e de solidariedade local,
bem como a inter-ajuda e a partilha dentro das comunidades.
P 6.6 Cultura para a Inclusão
Desenvolver em formato digital para rede móvel, broadcast,
Internet e painéis públicos, o guia para idosos e
para pessoas com necessidades especiais, disponibilizando informação
útil e localizada sobre mobilidade, saúde, transportes,
voluntariado, espectáculos, trabalho, ajudas técnicas,
formação, etc.
Estimular a integração de jovens trabalhadores com
necessidades especiais no tecido empresarial das TIC, avaliando
a introdução de condições na selecção
dos fornecedores de serviços.
P 6.7 Balcão Único de Atendimento
Instalar e operar um call-center unificado de serviços,
disponível via telefone e Internet, com atendimento a todas
as valências e garantindo um serviço de 24 horas.
Perspectiva-se um serviço prestado pelas instituições
em regime de rotação, e que permita apoiar as pessoas
e as famílias em situações regulares de ajuda
ou de emergência, prestando ainda informação
sobre apoios técnicos e serviços logísticos.
P 6.8 Balcão Único de Solidariedade Social
Instalar e operar um serviço único que disponibilize
a informação agregada sobre iniciativas de voluntariado,
emergência social e campanhas de solidariedade social.
Perspectivam-se funcionalidades de registo de campanhas e iniciativas
de solidariedade social, disponibilização de informação
sistematizada e actualizada acerca das iniciativas de âmbito
local, regional e nacional bem como a sua promoção
associada a serviços de gestão da oferta de voluntariado
e de apoios de ordem logística e financeira.
A operação deste serviço deve estar garantida
por uma instituição ou grupo de instituições
de solidariedade social que garantam a sua isenção
e transparência e que perspectivem adequados modelos de sustentabilidade.
IO. 6- Indicadores e Objectivos Anuais