Pioneira em termos de cidades digitais, Aveiro conseguiu, durante estes últimos dois anos, excluir o acesso à sociedade da informação por razões económicas e sociais. Prestes a transformar-se em sociedade, o consórcio Aveiro Digital apresenta um balanço positivo.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal, Alberto Souto, “ o projecto Aveiro Cidade Digital foi um duplo sucesso. Primeiro ao nível da execução física e financeira dos projectos e do desempenho de cada um deles, mas também pelo facto de ter conseguido mobilizar toda a sociedade aveirense, criando uma massa crítica muito importante”.
Nas oito áreas de intervenção em que se apostou, designadamente, autarquias locais, saúde, solidariedade social, tecido industrial, actividades de lazer, cultura, escolas e universidades, conseguiu-se, segundo o autarca “universalizar as plataformas de acesso à Internet”. Neste sentido, merece especial destaque o facto de se ter destruído algumas barreiras geográficas, sociais e económicas.
“Conseguimos que, nesta matéria, não houvesse freguesias periféricas, colocando as freguesias geograficamente mais distantes em contacto com os centros”, explicou Alberto Souto. O mesmo se pode dizer em relação às periferias sociais, uma vez mais “os bairros sociais foram, também conectados, ficando excluído o acesso à sociedade da informação por razões económicas”, referiu.
Paralelamente, os projectos em causa potenciaram um maior encontro nas escolas entre os pais, alunos e professores, reforçaram a competitividade das empresas da região e desenvolveram industrias de conteúdos.
Constrangimentos
“Não obstante algumas dificuldades e constrangimentos, consideramos que esta primeira fase de dois anos do Projecto Aveiro Digital constituiu um assinalável sucesso”, considera o autarca, entendendo que o trabalho desenvolvido “serve agora de patamar indispensável para projectos mais ambiciosos”.
Apesar do sucesso, Alberto Souto salienta, no entanto, algumas dificuldades e constrangimentos com o consórcio com que o consórcio Cidade Digital se debateu. “as regras instituídas para atribuição dos projectos muito rigorosas, mas do tempo da máquina de escrever e isso criou algumas dificuldades ao nível do financiamento”. Sentiram-se, ainda, dificuldades para encontrar pessoas qualificadas o que prova que a evolução tecnológica é muito mais rápida do que a formação dos quadros necessários para a utilizar.”
Fonte: Comércio do Porto