Ministro-adjunto, José Luís Arnaut, preside hoje à assinatura do Contrato Programa Aveiro Digital 2003-2006 (PAD). A cerimónia agendada para esta tarde na Pousada da Ria, na Torreira, concelho da Murtosa, marca o lançamento de "uma nova fase" e de "um conceito diferente" da iniciativa dedicada à introdução e desenvolvimento de tecnologias de informação e comunicação. Porque o PAD vai galgar os limites do concelho de Aveiro e estender-se a toda a região da ria, sendo gerido, em conjunto, pela Associação Aveiro Digital e pela Associação de Municípios da Ria (AMRia). Serão onze municípios e um investimento previsto de 22 milhões de euros.
"Esta é uma nova fase, de natureza distinta, que beneficiará toda a população da região da ria", referiu ao PòBLICO a Comissão Executiva (CE) do programa, salientando tratar-se de "um conceito diferente, uma vez que a população alvo não está limitada ao concelho ou ao município de Aveiro, mas a um universo de 300 mil pessoas". Em suma: "É um desafio maior". E porquê? "Porque o balanço da primeira fase do programa foi muito positivo, mas também pela necessidade continuada de investimento em áreas que possam proporcionar serviços úteis de valor e, claro, porque é preciso investir em inovação", responde a CE.
Comunidade digital, autarquias e serviços concelhios, escolas e comunidades educativas, universidade e comunidade universitária, serviços de saúde, solidariedade social, tecido produtivo e informação, e cultura e lazer, são as oito áreas de intervenção do PAD para os próximos anos. "Todas são prioritárias, funcionam como um conjunto, e faremos um esforço de execução para todas", garante a CE, referindo que "a abertura de concursos públicos para projectos terá lugar durante o primeiro trimestre deste ano". E acrescenta: "Vai ser um desafio executar este orçamento - de 22 milhões de euros -, com esta abrangência, e de acordo com os métodos que defendemos como factores de sucesso".
Por isso, "é fundamental a participação dos actores do desenvolvimento local perante novos desafios como a articulação de iniciativas e a área geográfica mais vasta, segundo uma lógica de serviços intermunicipais de benefício à população da região", defende a entidade responsável pelo PAD 2003-2006. Mas esclarece: "Não se trata de replicar os mesmos serviços em todas as vilas e cidades, mas de encontrar sistemas que resolvam os problemas das pessoas, incrementando eficiência e competitividade empresarial, e emprego de nova geração. E isto implica que os actores do sector público e privado se mobilizem".
Para a CE, "há noção das necessidades da população. O Aveiro Digital tem experiência, as necessidades de outras zonas não serão muito diferentes das sentidas em Aveiro e, por outro lado, há a confiança de que os actores do desenvolvimento local sabem isso melhor ainda, e são eles que vão executar o programa". A CE do PAD 2003-2006 nasce de uma aliança entre a Associação Aveiro Digital e a AMRia (que representa um conjunto de 11 municípios), decididas a conjugar esforços no sentido da aplicação regional do programa cujo objectivo fundamental é a promoção das tecnologias de informação e comunicação.
FONTE: Público (http://jornal.publico.pt/2003/01/14/LocalPorto/LP52.html)