O Programa Aveiro Cidade Digital mostra-se à comunidade em geral durante a próxima semana nas suas áreas de intervenção relacionadas com a escola e a universidade. Com o tempo contado, os parceiros é que vão alargá-lo As Áreas de Intervenção (AI) 3 e 4 do Programa Aveiro Cidade Digital, cujo horizonte de vida seria de dois anos e foi encurtado para apenas um, vai prosseguir graças ao esforço dos diversos parceiros envolvidos. «Este é um acto heróico dos parceiros ao permitir que se continue o trabalho até 2001», revelou, ontem, Lusitana Fonseca, coordenadora do programa, durante a apresentação da semana temática das AI3 e 4, «Escola e Comunidade Educativa» e «Universidade e Comunidade Educativa», respectivamente. Nesta semana, e se a vontade da responsável for satisfeita, «vai reflectir-se sobre o que se fez e sobre o que é preciso que aconteça no futuro». A semana temática inicia-se no próximo dia seis e termina a 10 deste mês e visa dar a conhecer à sociedade em geral o que vem sendo desenvolvido no âmbito dos diversos projectos ligados às AI 3 e 4. Na génese das AI está o facto das crianças e dos jovens terem necessidade de um ambiente coerente e apoiante para o seu pleno desenvolvimento. A escola, as famílias e a comunidade são os nós da rede de suporte ao seu crescimento saudável e a trama onde se estabelece a confiança e se estimulam as suas capacidades. No âmbito do Programa Aveiro Cidade Digital e enquadrados nas AI 3, os projectos CACEED, Vera-Ria, REI, Tic-Tac, Ciber-Parque Jogos (CPJ), Esvir e Maltinha contribuem para a construção de novas redes de aprendizagem cooperativa, estimulando também as famílias e os professores para a descoberta de novos modelos de compromisso social com a educação das crianças e dos jovens. O projecto CBJ, por exemplo, tem como finalidade, segundo Óscar Mealha, aproveitar a sede do jogo das crianças entre os quatro e os seis anos e entre os seis e os dez anos, introduzindo-lhe uma vertente formativa. «Essa pode passar pela segurança rodoviária, consciência ecológica ou saúde, por exemplo», demonstrou. No fundo, pretende-se gerar e manter uma comunidade virtual infanto-juvenil. Os quinze parceiros deste projecto são jardins de infância, patronatos, creches, etc, coordenados pela Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro (UE). Outro projecto envolvido nesta semana temática, é o Tic-Tac - Tic para Trabalhar, Aprender e Criar. Segundo o seu coordenador, José Carlos Couceiro, o Tic-Tac disponibiliza aos agentes representativos da comunidade escolar de Aveiro envolvidos, um conjunto de serviços básicos que permitem a comunicação on-line entre todos eles, tendo sido para isso instaladas linhas RDIS e comunicações Internet
Consultas «on-line» Desde o ano passado que estão envolvidas, neste projecto, cerca de 150 famílias, seis conselhos executivos e cerca de 60 professores. «Ligar os pais à escola e torná-los mais participativos sem ter que ir lá, o que nem sempre é possível por contingências da vida», explicou o coordenador. «Já é possível a alunos tirarem dúvidas on-line com professores, em casa e fora do horário escolar, ou encarregados de educação consultarem directores de turma sobre o comportamento escolar dos seus educandos», revelou José Carlos Couceiro. Os parceiros deste projecto, «webizados», são as Escolas Secundárias n.º 1 de Aveiro, José Magalhães Lima, e as EB 2,3 de Aradas, São Bernardo e Oliveirinha, a DREC, o Centro de Formação de Professores José Pereira Tavares e a Portugal Telecom Inovação. Pela sua utilidade, pela forma como foi pensado e desenvolvido, poderá ser aplicado em qualquer concelho do país, pois foi desenvolvido para todas as escolas e famílias de Portugal. A abertura destes e de outros projectos à participação voluntária, na próxima semana, é vista como essencial na abertura à sociedade e deverá permitir a actualização e construção permanentes, tendo sempre presente que o fim último do programa é a melhoria da qualidade de vida na cidade em todas as suas vertentes.
FONTE: Diário de Aveiro ( ver notícia )