Quase duas dezenas de autarquias marcaram presença, na passada semana, num sessão de esclarecimento sobre as práticas e metodologias utilizadas na concepção e dinamização da Montra Digital de Aveiro.
Porto, Abrantes, Mealhada, Ilhavo, Fafe, Arouca, Cantanhede, Celorico da Beira, Estarreja, foram alguns dos municípios representados no encontro promovido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
A reunião teve a participação, ainda, de elementos ligados ao programa Portugal Digital que prestaram informações sobre os apoios disponíveis e formas de acesso para a criação de montras digitais.
Concurso aberto
O concurso foi aberto em Fevereiro e, esta quarta-feira, realiza-se uma sessão de apresentação na Comissão de Coordenação da Região Centro (CCRC).
"Demos a conhecer a nossa experiência que foi tomada como exemplo a seguir pela equipa do Portugal Digital", disse a Carlos Dias, assessor do gabinete da presidência para a Cidade Digital.
A troca de impressões permitiu alertar para dificuldades que podem surgir na abertura e manutenção dos espaços de acesso gratuito à Internet, indicar sugestões úteis ou apontar erros a evitar.
Não apenas Net
A dinamização foi um dos aspectos que mereceu mais atenção. "A Montra Digital deve ter uma programação regular de actividades. Temos feito isso", explicou o mesmo responsável, aludindo à importância, também, da formação.
"Não devem servir exclusivamente para disponibilizar Internet para os cidadãos", advertiu Carlos Dias.
O financiamento da abertura das montras motivou questões dos presentes. As Câmaras poderão vir a beneficiar de ajudas através do Programa Operacional para a Sociedade da Informação (POSI) mas devem assumir parte dos custos.
A Montra Digital de Aveiro funciona no edifício em frente aos Paços de Concelho e tem uma frequência média de 5 mil por pessoas.
POSI incentiva
O desenvolvimento da sociedade da informação constitui uma prioridade definida no III Quadro Comunitário de Apoio , sendo contemplado, de forma transversal, na generalidade dos programas que o integram.
O POSI exerce um papel de dinamização estratégica dos investimentos apoiados por outras intervenções operacionais com projectos nesta área. Para além disso, define um conjunto de apoios financeiros (FEDER e FSE) a projectos no domínio da sociedade da informação e do conhecimento e assume um papel de disseminação das boas práticas neste domínio.
Medidas
» Promover a generalização do uso da Internet
» Criar condições para a oferta maciça de produtos adaptados ao mercado familiar de modo a multiplicar por quatro o número de computadores com ligação à Internet existentes nos lares portugueses
» Criar espaços públicos de acesso à Internet em todas as freguesias do País e generalizar a disponibilização e uso de email pela população portuguesa (mais de um milhão em menos de três anos)
» Generalizar a todas as escolas e agrupamentos de escolas do 1º ciclo do Ensino Básico a Rede RCTS (que já assegura a cobertura integral de todas as outras escolas e das bibliotecas públicas municipais), assim como a todas as associações culturais e científicas, em condições de gratuitidade para os utilizadores e de apoio à produção e exploração de conteúdos
» Estender o programa Cidades Digitais a todo o País
» Aprovar e executar um programa que conduza à multiplicação por mil dos conteúdos portugueses na Internet
» Lançar um processo nacional de formação e certificação de competências básicas em tecnologias da informação
FONTE: Notícias de Aveiro ( ver notícia )