O ministro da Ciência e Tecnologia apresentou ontem, em Aveiro, o novo programa “Portugal Digital” que serve de apoio a projectos para a promoção da Sociedade da Informação. Com uma duração de três anos e um investimento na ordem dos 60 milhões de contos, o programa prevê o financiamento de projectos até um máximo de 80 por cento.
O “Portugal Digital” vem dar continuidade ao programa “Cidades Digitais” que, durante dois anos, permitiu lançar, em diversos contextos, projectos de desenvolvimento, tendo por base as tecnologias da informação. O objectivo foi contribuir para a melhoria do nível de vida dos portugueses. O novo programa mantém os propósitos iniciais, mas estende a todo o país a possibilidades de avançar com projectos nas mais variadas áreas.
A massificação do uso das tecnologias da informação em todo o país dá, segundo o ministro Mariano Gago, ”uma nova oportunidade para acçãoes de desenvolvimento, mas é necessário entender que a palavra digital refere apenas uma direcção e um meio porque os objectivos deste processo são de natureza política, económica, social e cultural”. Em termos mais concretos, o novo programa visa “modernização da administração Central, a melhoria da capacidade de integração social, o desenvolvimento cultural, educativo e económico, bem como o aumento da competitividade das empresas”.
Três anos para apresentar projectos
Neste sentido foi ontem aberto, em permanência, um novo concurso para projectos que integrem acções nas diversas áreas de intervenção, reunindo entidades beneficiárias, públicas e privadas.
Segundo Mariano Gago, o programa “Portugal Digital”, deverá prolongar-se durante três anos e “representa um investimento de 60 milhões de contos, estando garantido um volume máximo de comparticipação na ordem dos 80 por cento”.
No arranque do novo programa, o ministro referiu, no entanto, que nem tudo vai ser fácil. “Uma das grandes dificuldades no desenvolvimento deste programa advém do facto de, apesar de estar dotado de meios financeiros muito importantes, estes não corresponderem a um modelo de investimento tradicional”. Na realidade, segundo explicou, “não se trata de um modelo de investimento baseado na obra pública, mas no trabalho qualificado”, adiando que “esta diferença poderá criar alguns problemas reais à gestão dos projectos”. Por outro lado, salientou o ministro, “isto poderá, ao mesmo tempo, criara oportunidades extraordinárias, designadamente no que diz respeito à fixação de populações qualificadas e à criação de emprego”.
Fonte: Comércio do Porto